segunda-feira, 19 de setembro de 2011

noob

Gonçalo, a tua aventura dos mil autocarros, descrita no post anterior, lembrou-me a minha "aventura" frustrante de ontem. Para começar, deverei explicar toda a gincana semi-olímpica que é meu dever desempenhar para que a deslocação ao centro da cidade se registe com sucesso: da solarenga e pacífica Grimbergen, onde habito, deverei apanhar um autocarro pleno de flamengos, durante quarenta e cinco terríveis minutos, até atingir a Gare du Nord (o centro). Após visitar praticamente todas as terriolas dos arrabaldes de Bruxelas, onde o sol abunda, sou então cruelmente atirada para uma cinzenta Bruxelas. 
Ora, como o meu destino de ontem era o Botanique, saí do autocarro em Rogier, isto é, a estação de metro imediatamente anterior à estação do Botanique. Assim, armada em macho, peguei nos meus potentes tomates e lancei-me a pé à procura do supracitado local, rejeitando categoricamente uma viagem de metro que durasse apenas uma estação. O resultado foi o esperado: perdi-me na rua das lojas de sexo, mesmo a tempo de ver um idoso caquético de bengala a aventurar-se sorridente nas delícias eróticas do VHS/DVD/Blu-Ray. Como se não bastasse, as nuvens decidiram largar então a celeste urina. Agora no rumo certo, perguntei à minha amiga se já se encontrava no Botanique, ao que ela me responde que o rendez vous afinal era na Bourse. Embora conseguisse ir perfeitamente a pé do sítio onde me encontrava, decidi, em parte pelo fracasso da tentativa anterior, em parte pela condição climatérica pouco favorável, apanhar os dois metros necessários (vivam os transbordos). E foi assim que, ao sair da estação de metro pela porta que dava para a praça contrária à pretendida, dei por mim exactamente no sítio onde tinha andado perdida uns momentos antes. 


E a Bourse ali ao lado.

2 comentários:

  1. Fail Erasmus, you're doing it right <3

    Mas morri a rir isto, também já me perdi :P

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  2. Eu enganei-me a ir de carro para a faculdade e acabei por fazer uma tour matinal pela cidade do Porto que me fez perceber que todos os caminhos vão dar aos Aliados. Partilhamos os mesmos genes, Lídia :P

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