domingo, 23 de outubro de 2011

Insultem-me quanto quiserem, mas sim, eu emocionei-me a sério quando visitei o anexo onde a Anne Frank e a família se esconderam durante a II Guerra. Não me venham com tretas de:"Ah, preupeupeu, ela não foi a única, foram milhares deles e toda a gente a trata como o prodígio, pardais ao ninho, blablabla" porque o que aqui se passa é completamente diferente. Eu li o diário de Anne Frank umas boas 3/5 vezes dos 11 aos 13 anos. Para mim, longe de ser um prodígio, ela é o toque humano de que muitas vezes carecem as grandes tragédias mundiais, no que à consciência social diz respeito. Dêem uma voz e um rosto semelhante a qualquer habitante do Darfur e logo este deixa de parecer de um outro mundo paralelo, que, após o habitual e apático:"Pois, é verdade, é uma tragédia." que suscita, logo é metido no bolso como se de um universo tão fantástico como o do Harry Potter se tratasse.
A Anne tornou-se a mais famosa cara/voz de entre outras tantas, e, ainda que não concordem com as razões de ser desta escolha (certamente não terá sido a única, nas mesmas condições, a deixar o testemunho e com certeza o seu diário longe estará de ser o livro mais bem escrito relativo ao assunto), a verdade é que a desgraça de uma só personagem principal nos atinge mais que a de toda uma multidão anónima. Um anónimo, ainda que não queiramos, deixa-nos a impressão de um ET - a sua existência, tanto física como espiritual, é para nós uma irrealidade. Ao humanizar um só elemento desta multidão, o anonimato passa a ter não um, mas todos os rostos que a compõem - percebemos finalmente que são humanos.


Portanto, sugiro a todos que se deixem de merdas pseudo-intelectuais e aspirações falsamente altruístas - quando a nossa personagem preferida morre no final do livro, todos choramos ou, não sendo dados a tais demonstrações de mariquice, ficamos abalados.

p.s. : comprei um soutien numa loja de sexo dos 300 do red light district.

sábado, 22 de outubro de 2011

O meu sábado à noite

VOLTEEI PARA LANÇAR A MINHA LUZ SOBRE ESTE BLOG!

hehe,
not.


Ora bem, é Sábado à noite aqui e não me apetece sair. Não me apetece sair = não tenho ninguém aqui no Porto que me suscite vontade suficiente para apreciar as maravilhas da noite do Porto acompanhado. Então fico em casa a trabalhar para o Mário Moura. Trabalhar = vaguear sem destino pelos confins mais recônditos do facebook, ao ponto de começar a ver as fotos do Pedro Boucherie só porque sim. E a ouvir Ravi Hamahamahehe Shankar. E descobri que a música indiana tem um efeito bastante calmante em mim, estou a começar a sentir as vibrações indianas a correr pelos meus Chacras e a perceber que se calhar o Ghandi tornar-se-ia Ghandi bem mais depressa se tivesse entrado para a Fbaup e tivesse de paginar um livro de contos.

A Fbaup anda calma. O Aires decidiu que de repente passámos de criancinhas inconscientes para quase designers, maneiras que diz coisas como "ah é melhor a apresentação ser às 10 não é? porque nem toda a gente chega as 9 e meia" sem a menor ponta de ironia, e nos trata por tu, por isso as aulas têm decorrido de forma até bastante agradável!

O carvalhais sobe a cada dia que passa na lista top 10 school future marriage fantasies, consegue aliar na perfeição intelecto e extelecto. E TEM UMA VESPA PRETA <3.

Ora bem, deixem cá pensar em "mais" juicy news. Já vos disse que a vida social lá não existe? Pronto, continua a não existir, e se existe, é de forma muito fragmentada. O pessoal no fim das aulas vai à sua vidinha, e pelo bar ficam apenas os resistentes da causa "não vamos voltar a ter momentos destes daqui a um ano". Restam os belos momentos da cantina, esses ainda persistem, e ainda persiste a constante revolta face à minha velocidade de degustação. Entretanto ando armado em Hermione Granger e tenho andado a requisitar muitos livrinhos da biblioteca, a ver se aprendo alguma coisa por mim abaixo. (neste momento, devido à minha alusão à personagem, deparei-me com o vídeo do beijo dela com o Ron no filme, e foi bonito, é bom vermos filmes com beijos quando se está sozinho num sábado a noite, felizmente o Rabibimahamahe Shankar compreende-me)


Entretanto o conservatório anda fixe, vou fazer de peixeiro na ópera deste ano, o meu primeiro papel cantado (veremos!) e fui à minha primeira aula de jazz ontem, a orquestra é gigante e fixe e vou cantar com uma rapariga que canta maravilhosamente, e ao microfone :D. E há montes de gente interessante e descontraída, hum hum, descontraída.

Bem, o Shankar decidiu pôr-se a cantar agora o Magadedeninigadazazadedehummhumm e está a tossir-se todo, acho que o vou dispensar por agora.

Tenho muitas saudades da nossa crew, ainda hoje quis ir trabalhar para o café da casa da música nesta tarde de sol bom mas lembrei-me que todos os que cá ficaram moram na baixa e não querem gastar dinheiro de metro, damn them.

Xoxo,

Forever Alone

terça-feira, 18 de outubro de 2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Atrasada, a experiência inicia-se

E pronto, hoje oficialmente começaram as minhas aulas (teoricamente a semana passada, mas, como diria a xica, "upssss"). Quer isto dizer que o choque de transição de um horário noctívago para qualquer coisa que se assemelhe ao período de exposição à luz do dia normal em Espanha me dá a sensação de estar a viver o maior dia da minha vida.

A cidade, claro, aproveita para continuar a trollar os seus habitantes através de temperaturas de 10ºC pela manhã e 30ºC a partir da hora do almoço.

Apercebi-me que desenvolvi um pequeno hábito estranho: verificar subtilmente a língua com que os meus colegas imediatamente à minha esquerda e direita tomam notas, para tentar saber se são "de fora" ou não. De igual modo, apercebi-me que metade deles não percebe ponta do que é dito, e que eu próprio ocasionalmente sofro o instante de transição em que o professor passa de Espanhol para um dialecto alienígena em tudo semelhante ao árabe. É fascinante.

Agora se me dão licença, vou começar a trabalhar que tenho oito dias para fazer dois cartazes, anunciados hoje *trololol*

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

omg, so transparent


oh pedro, tenho um dilema
daqueles mesmo problemáticos
diz-me
aposto que mete comida
00:53
meu deus, tu lês-me
é que eu tenho imensa fome e queria ir preparar um pãozinho... mas tenho medo que a brigitta esteja bêbeda e fique a falar durante dois anos

Regresso ao passado

Acho que vou ter aulas com um gêmeo do aires e o primeiro projecto é um cartaz tipográfico.

U mad, Erasmus?

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Hoje fui abençoado com um professor de pintura na recepção aos erasmus, que afinal vai ser dividida por departamentos. A esperança de entrada nas aulas dos erasmus, foi-nos dito, é entre uma a duas semanas depois dos restantes. Antes que terminem o vosso pensamento de "são piores que os portugueses", agravo o mesmo dizendo que eles têm uma cacofonia de feriados, e que quase sempre que os mesmos são numa terça, há ponte de sábado ao próprio feriado.

Assim, por entre um grupo muito maduro (que prontamente se riu quando leu que um professor se chamava de "Coca"), recebi frases de trollanço deste professor tais como "Are there any greeks here? Yes? My sympathies for your country" e "You will see we here treat women like in Berlin, theres no molesting like in other countries" (pensei logo em vocês, lídia e xica)

É bom ter estado na fac num dia de actividade, though. Foi quase como estar em casa, com novos cromos de freaks para coleccionar <3