quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Experience so far

Esta cena do Erasmus é uma coisa muito estranha. Por um lado, o punhal da saudade está sempre presente. Por outro, assim que estiver em casa na rotina castradora vou chorar baba e ranho.

Acontecem cenas e a experiência é quase o avesso do expectável, não obstante vagas de gente a falar da mesma. Estou a aprender quase zero, academicamente falando. O resto? O resto é vida. Não é tão intenso quanto esperava, mas também não tenho feito assim taaanto quanto isso.

Cozinhar é bom, ter comida congelada também. E os nossos fígados certamente que nos odeiam um bocadinho mais :P

Conclusão: não é explosivo, mas neste momento não trocava por nada. Excepto vá, cinco minutos com vocês. Quatro.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

que surpresa

um post meu.

mas reparei que não temos escrito nada de jeito.

Não que eu vá escrever alguma coisa de jeito. Posso, porém, falar um bocadinho acerca do livro que ando a ler, o qual incita à embriaguez ("Os Paraísos Artificiais", Baudelaire). Eu gosto de livros que incitem à embriaguez, uma vez que retira um peso tremendo da minha consciência a aprovação de uma grande entidade intelectual.

"Profundas alegrias do vinho, quem vos não conheceu? Quem quer que tenha tido um remorso a apaziguar, uma recordação a evocar, uma dor a afogar, um castelo em Espanha a construir, todos, enfim, vos invocaram, deus misterioso escondido nas fibras da vinha. Como são grandes os espectáculos do vinho, iluminados pelo sol interior! Como é verdadeira e ardente esta segunda juventude que o homem vai buscar dentro de si! Mas quão temíveis são também as suas volúpias fulminantes e os seus feitiços enervantes! E contudo dizei, em vossa alma e consciência, juízes, legisladores, homens da sociedade, vós todos a quem a felicidade abranda, a quem a fortuna torna fáceis a virtude e a saúde, dizei, qual de vós terá a coragem impiedosa de condenar o homem que bebe génio?"

Num estilo não tão grandiloquente, elaborei uma pequena lista das razões que me fazem apreciar o supracitado estado:

1. uma auto-consciência severamente diminuída significa passos de dança gradualmente mais estúpidos e, por isso mesmo, muito mais apetecíveis
2. a capacidade de falar outras línguas desenvolve-se, atingindo o seu expoente máximo
3. o tempo parece deixar de existir, ou melhor, existe todo no mesmo instante
4. a percepção da dor é afectada, pelo que a aproximação exagerada e violenta de uma parede de pregos se torna relativamente possível
5. o medo de multidões tonitruantes e produtoras de testosterona (vulgo moche) desaparece

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

a minha primeira vez


Olá! O meu nome é Francisca e estou na aula. É um facto. Hihihihihihi. Às vezes chamam-me Lídia, acho que estou bêbada.

Não sei o que dizer mais. Acho que estou com gases.




Estou mesmo.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

festa portuguesa


xou linda.

ó gonçalo! não podes editar assim os posts alheios.

pronto, estou maluquinha.

odeio-te.

porque gosto tanto de ti, xou linda.

ao contrário de ti, que és feio e cheiras a escroto.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

um pensamento profundo

já fiz xixi em mais países do que aqueles que realmente visitei. um dia, áustria e alemanha, outras partes do meu corpo que não a bexiga irão explorar-vos.



entretanto, aqui deixo os meus mais sinceros agradecimentos pela vossa prestabilidade enquanto mictórios.

domingo, 23 de outubro de 2011

Insultem-me quanto quiserem, mas sim, eu emocionei-me a sério quando visitei o anexo onde a Anne Frank e a família se esconderam durante a II Guerra. Não me venham com tretas de:"Ah, preupeupeu, ela não foi a única, foram milhares deles e toda a gente a trata como o prodígio, pardais ao ninho, blablabla" porque o que aqui se passa é completamente diferente. Eu li o diário de Anne Frank umas boas 3/5 vezes dos 11 aos 13 anos. Para mim, longe de ser um prodígio, ela é o toque humano de que muitas vezes carecem as grandes tragédias mundiais, no que à consciência social diz respeito. Dêem uma voz e um rosto semelhante a qualquer habitante do Darfur e logo este deixa de parecer de um outro mundo paralelo, que, após o habitual e apático:"Pois, é verdade, é uma tragédia." que suscita, logo é metido no bolso como se de um universo tão fantástico como o do Harry Potter se tratasse.
A Anne tornou-se a mais famosa cara/voz de entre outras tantas, e, ainda que não concordem com as razões de ser desta escolha (certamente não terá sido a única, nas mesmas condições, a deixar o testemunho e com certeza o seu diário longe estará de ser o livro mais bem escrito relativo ao assunto), a verdade é que a desgraça de uma só personagem principal nos atinge mais que a de toda uma multidão anónima. Um anónimo, ainda que não queiramos, deixa-nos a impressão de um ET - a sua existência, tanto física como espiritual, é para nós uma irrealidade. Ao humanizar um só elemento desta multidão, o anonimato passa a ter não um, mas todos os rostos que a compõem - percebemos finalmente que são humanos.


Portanto, sugiro a todos que se deixem de merdas pseudo-intelectuais e aspirações falsamente altruístas - quando a nossa personagem preferida morre no final do livro, todos choramos ou, não sendo dados a tais demonstrações de mariquice, ficamos abalados.

p.s. : comprei um soutien numa loja de sexo dos 300 do red light district.